Integrantes das comissões da Saúde (CSA) e Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa realizaram visita de inspeção na sexta-feira (05/4/19), no Hospital de Emergência de Macapá. A ida dos parlamentares ao hospital faz parte uma série de visitas a rede de saúde pública estadual, municipal, além do setor privado.
Falta de equipamentos, medicamentos e estrutura deficiente foram alguns dos problemas detectados pelos integrantes das comissões da Saúde (CSA) e Direitos Humanos (CDH) da Assembleia Legislativa, na visita de inspeção feita na sexta-feira (05/4/19), no Hospital de Emergência de Macapá. A ida dos parlamentares ao hospital faz parte uma série de visitas a rede de saúde pública estadual, municipal, além do setor privado.
O trabalho dos legisladores foi acompanhado por técnicos da Promotoria de Saúde do Ministério Público Estadual (MPE), pelo presidente do Conselho Estadual de Saúde, José Adolfo Bitencourt, o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Amapá (CRF-AP), Márcio de Lima Silva e da Superintendente de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Elioneide Monteiro.
O presidente da CSA, deputado Dr. Negrão (PP), que trabalhou por mais de duas décadas no HE, disse que a saúde pública em todo país passa por dificuldades, mas tem notado alguns avanços no serviço, principalmente em relação ao HE, como a informatização dos setores essenciais como Raio-X e ambulatório. "Isso agiliza o atendimento na porta de entrada de todos os tipos de atendimento na rede de saúde", e complementa: "O HE precisa de uma atenção especial do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa, como órgão fiscalizador".
"As visitas têm por finalidade tomar conhecimento da real situação de funcionamento das unidades hospitalares. Percorrendo os hospitais públicos do estado teremos subsídios compilados, a fim de produzir um relatório da saúde amapaense, contribuindo, assim, para melhores condições de atendimento na área da saúde em todo o estado", pontuou o parlamentar.
No hospital, a comitiva ouviu atentamente o responsável pelo hospital, Lucas Huan Duarte dos Santos. Ele falou dos problemas que a unidade enfrenta, como a falta de material, equipamentos como desfibrilador fixo, falta de mascaras infantil, medicamentos, além da deficiência de estrutura de cada setor.
"Procuramos somar forças com os órgãos fiscalizadores, como a Assembleia Legislativa. Com as fiscalizações vem as recomendações que procuramos cumprir, como a implantação da sala vermelha, solicitada pela comissão de Saúde, e é muito importante", ponderou Lucas Huan.
Segundo ele, o trabalho de fiscalização, por meio das comissões da Assembleia Legislativa, é importante e consegue visualizar a problemática, além de apresentar soluções. "Problemas que nunca são solucionados", destacou Huan.
Eduardo Monteiro, que esteve na direção da unidade de saúde em 2016, período em que encaminhou oficio a Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinf), solicitando a substituição do telhado do hospital, reparos na fossa que cedeu, substituição da instalação elétrica e hidráulica e até hoje não obteve resposta.
Eduardo Monteiro, adiantou que vários medicamentos solicitados pelos médicos precisam ser comprados pela família dos pacientes. Existe uma lista com mais de cem medicamentos que são receitados pelos médicos e não podem ser adquiridos em varejo, apenas por atacado, o que dificulta ainda mais para ambos os lados?, revelou.
Quanto a falta de estrutura física para trabalhar, a representante da Sesa, Elioneide Monteiro, informou que a secretaria está empenhada na construção de um prédio onde a Sesa possa ampliar o serviço de atendimento. "A secretaria já está com o processo de licitação pronto, apenas aguarda o resultado para o início das obras", confirma Elioneide.
Como membro da CSA e presidente da CDH, o deputado Dr. Jaci (MDB), disse que uma das principais finalidades da inspeção é levantar as demandas e tentar junto as autoridades soluções para melhorias no atendimento do hospital.
De acordo com o parlamentar, foi observado várias pessoas deitadas em macas e cadeiras nos corredores do hospital; sujeira e muita reclamação quanto o não funcionamento de banheiros. "Vamos ver como a Assembleia Legislativa pode ajudar o Estado a melhorar o atendimento à população", finaliza o deputado.
Texto: ASCOM Assembleia Legislativa do Amapá
